No centro de Portugal, mais propriamente na Beira Interior, escondem-se 12 aldeias históricas estrategicamente alinhadas ao longo da fronteira com Espanha, onde se travaram batalhas entre castelhanos e portugueses; onde há muralhas, castelos e torres donde se vigiavam as terras
em redor; onde é possível ver casas medievais e percorrer ruas do tempo dos primeiros reis de Portugal.
Apesar de recentemente recuperadas, as aldeias são na sua maioria terras perdidas no tempo,
quase desertas, com uma população maioritariamente idosa que o receberá comolhares curiosos,
à espera de uma conversa que lhes suavize o dia-a-dia.Se as quiser visitar todas, deverá
guardar pelo menos quatro dias completos para o fazer. Não lhe vamos dizer o que deve ver em
cada uma, porque o prazer de conhecê-las assenta em perder-se pelas suas calçadas medievais
e descobrir por si próprio o que escondem. Não se preocupe: as localidades são pequenas e não
lhe vai escapar nada se não levar um mapa ou um guia de viagem.Deixamos-lhe, pois, apenas
uma breve descrição de cada aldeia, numa ordem que reflete a nossa preferência pessoal.
Pelas serras fora, a caminho das aldeias
No centro de Portugal, mais propriamente na Beira Interior, escondem-se 12 aldeias históricas estrategicamente alinhadas ao longo da fronteira com Espanha, onde se travaram batalhas entre castelhanos e portugueses; onde há muralhas, castelos e torres donde se vigiavam as terras
em redor; onde é possível ver casas medievais e percorrer ruas do tempo dos primeiros reis de Portugal.
em redor; onde é possível ver casas medievais e percorrer ruas do tempo dos primeiros reis de Portugal.
Apesar de recentemente recuperadas, as aldeias são na sua maioria terras perdidas no tempo,
quase desertas, com uma população maioritariamente idosa que o receberá comolhares curiosos,
à espera de uma conversa que lhes suavize o dia-a-dia.Se as quiser visitar todas, deverá
guardar pelo menos quatro dias completos para o fazer. Não lhe vamos dizer o que deve ver em
cada uma, porque o prazer de conhecê-las assenta em perder-se pelas suas calçadas medievais
e descobrir por si próprio o que escondem. Não se preocupe: as localidades são pequenas e não
lhe vai escapar nada se não levar um mapa ou um guia de viagem.Deixamos-lhe, pois, apenas
uma breve descrição de cada aldeia, numa ordem que reflete a nossa preferência pessoal.
quase desertas, com uma população maioritariamente idosa que o receberá comolhares curiosos,
à espera de uma conversa que lhes suavize o dia-a-dia.Se as quiser visitar todas, deverá
guardar pelo menos quatro dias completos para o fazer. Não lhe vamos dizer o que deve ver em
cada uma, porque o prazer de conhecê-las assenta em perder-se pelas suas calçadas medievais
e descobrir por si próprio o que escondem. Não se preocupe: as localidades são pequenas e não
lhe vai escapar nada se não levar um mapa ou um guia de viagem.Deixamos-lhe, pois, apenas
uma breve descrição de cada aldeia, numa ordem que reflete a nossa preferência pessoal.
Pelas serras fora, a caminho das aldeias |
1. Sortelha
2. Marialva
Assente no alto de rochedos, esta pequena aldeia foi uma importante praça militar
na Idade Média e ponto de passagem do caminho de Santiago. Ao contrário de
outras aldeias onde se recuperaram casas e monumentos, em Marialva optou-se
por manter a cidadela no interior das muralhas em ruínas, o que nos faz recuar
nostalgicamente no tempo.
na Idade Média e ponto de passagem do caminho de Santiago. Ao contrário de
outras aldeias onde se recuperaram casas e monumentos, em Marialva optou-se
por manter a cidadela no interior das muralhas em ruínas, o que nos faz recuar
nostalgicamente no tempo.
3. Monsanto
À semelhança de quase todas as outras, esta aldeia foi totalmente construída em pedragranítica. Por ela passaram romanos, depois visigodos que foram conquistados por
mouros, por sua vez conquistados pelo primeiro rei de Portugal, que a doou à Ordem
dos Templários. A aldeia oferece dos cenários mais interessantes que se podem
encontrar em Portugal, tanto em termos arquitetónicos como paisagísticos. A custosa
subida a pé até ao castelo, passando por pedregulhos de granito que servem muitas
vezes de paredes e telhado às casas, é compensada por uma das mais deslumbrantes
vistas sobre a região.
4. Piódão
É provavelmente uma das aldeias históricas mais conhecidas do nosso país. Rodeadapela paisagem verdejante da Serra do Açor e assente em socalcos, faz lembrar um
presépio onde sobressai uma igreja branca no meio de casas de xisto, com portas e
janelas pintadas de azul.
5. Castelo Rodrigo
A pequena aldeia, situada no topo de uma colina, deve o seu nome ao conde RodrigoGonzalez de Girón, a quem foi doada pelo rei D. Afonso IX de Leão, tendo-se tornado
portuguesa com D. Dinis. Apesar de ser uma das aldeias mais bem recuperadas, ainda
conserva em ruínas o enorme palácio no alto do monte, a que o povo pegou fogo devido
à traição de Cristovão de Moura, seu senhor, a favor de Castela, assim como o brasão
invertido, outra marca da deslealdade da nobreza aquando da Restauração da
Independência portuguesa.
6. Linhares da Beira
É o seu castelo que nos chama primeiro a atenção, ao longe, ainda antes de se chegarà aldeia. Visto de perto, somos surpreendidos pelo facto de assentar sobre um enorme
penedo. Também o resto da aldeia é todo de pedra, sendo um prazer calcorrear as suas
ruas bem cuidadas, onde terá andado D. Afonso Henriques.
7. Castelo Mendo
As muralhas medievais em redor desta aldeia protegem as ruínas de um castelo eescondem casas simples e ruas estreitas onde ninguém caminhava na altura em que a
visitamos, o que não deixa de ser irônico se pensarmos que foi aqui que se realizou a
primeira feira em Portugal, no tempo de D. Dinís. Apesar de penosamente deserta, ou
talvez por isso, é uma das aldeias históricas mais genuínas de Portugal.
8. Idanha-a-Velha
Ao percorrer esta aldeia, sentimo-nos num museu ao ar livre passando por váriosvestígios dos povos que a ocuparam desde Romanos, Suevos, Visigodos e Muçulmanos,
até ter sido tomada por D. Afonso Henriques, que a doou aos Templários para ser
repovoada.
9. Castelo Novo
O nome desta localidade deve-se ao castelo, construído no século XII, a que foi dado onome de “novo” por ter substituído um outro que não defendia devidamente o lugar. Das
suas torres vê-se a Serra da Gardunha ao redor, assim como belos exemplares de casas senhoriais no interior das muralhas.
10. Trancoso
É logo a entrada na vila que impressiona, pela antiga Porta d’El Rei, entre duas torres depedra simétricas. O rei é D. Dinis que aqui se casou com Isabel de Aragão, no séc. XIII.
No seu interior, as ruas preservam o ambiente medieval, assim como algumas casas de
judeus que aqui se estabeleceram dois séculos depois. Entre eles, destacou-se o
misterioso Bandarra que, como se lê na estátua em sua homenagem, foi “poeta, profeta
e sapateiro de Trancoso” e, mais tarde, fonte de inspiração para muitos escritores, entre
os quais Fernando Pessoa.
11. Belmonte
Apesar de integrada na rede das Aldeias Históricas de Portugal, não tem o ambienteintimista e aconchegante das anteriores. A sua importância advém de aí ter nascido
Pedro Álvares Cabral, que em 1500 descobriu o Brasil, e de nela se ter fixado a primeira comunidade judaica do país, no séc. XV. Nas ruínas do antigo castelo, sobressai uma
elegante janela manuelina, onde estão representados a esfera armilar, símbolo das
descobertas marítimas, e o brasão dos Cabrais, onde figuram duas cabras. Nos
arredores, destaca-se uma invulgar torre romana.
Castelo com a sua janela manuelina |
Torre romana, perto de Belmonte |
12. Almeida
Esta vila medieval é mais bonita vista do ar, já que as muralhas que a rodeiam parecemuma estrela de doze pontas. Em terra, é possível percorrê-las a pé, seguindo as pisadas
dos soldados que noutros tempos nela lutaram durante as Guerras da Restauração e as
Invasões Francesas.
E ainda...
Penha Garcia
Se visitar Monsanto e Idanha-a-Velha, vale a pena dar um saltinho até aqui, não só pelaaldeia em si, mas sobretudo pela vista singular a partir do seu castelo em ruínas. Se
ainda tiver pernas, poderá descer ao fundo do vale para visitar alguns moínhos de água
ou para seguir a rota dos fósseis, inserida no Geoparque Naturtejo.
Vista a partir do castelo de Penha Garcia |
Folgosinho
Finalmente, se quiser juntar ao passeio uma refeição inesquecível, propômos-lhe orestaurante "O Albertino", situado em Folgosinho, localidade onde terá nascido o
lendário Viriato.
Castelo de Folgosinho |
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